O perigo das dietas da moda

Natasha Marins Bravo

Formada pela UFRJ

Nutricionista - CRN 10100023

Dieta da lua, dos pontos, da sopa, da proteína... Quem nunca ouviu falar em uma dieta que promete resultados milagrosos em pouco tempo? Ou até quem nunca “montou” a própria dieta com base no que achava certo? “É só parar de jantar... ou cortar todos os carboidratos da dieta... quem sabe se eu pular algumas refeições eu não emagreço?”, muitas pessoas já tomaram esse tipo de decisão, porém o que elas não sabem é que na verdade são, na maioria das vezes, essas decisões que as impedem de emagrecer em caráter permanente e, o mais importante de tudo, com saúde. Essas dietas que prometem muito não são capazes de cumprir suas promessas justamente por serem de natureza muito restritiva, tornando-as impraticáveis por período maior que alguns poucos meses. Além disso, são pobres em nutrientes essências para a saúde como as vitaminas e os minerais, que regulam o funcionamento do organismo, sendo os grandes responsáveis pelo metabolismo de tudo o que ingerimos. Devido a esses fatores é que ocorre o chamado “efeito-sanfona”, que nada mais é que a recuperação de todo o peso perdido, e muitas vezes mais, depois que a dieta é encerrada pois, em decorrência da baixa ingestão energética durante a dieta, o organismo passa então a armazenar toda a energia proveniente da alimentação para se recuperar do “período de escassez”, fato esse também ocorrido em razão da falta de vitaminas e minerais para metabolização dos nutrientes. Se esse tipo de dieta, então, já se revelou prejudicial para a saúde, por que ainda existem pessoas que aderem a essas práticas? Essa resposta, na verdade é muito simples: a grande maioria das pessoas quer resultados instantâneos, não se preocupando com os danos à sua saúde e não estão dispostas a mudar seus hábitos alimentares inadequados para, assim, não só conseguirem atingir seu peso satisfatório como também melhorar a sua qualidade de vida. Qualidade de vida que, aliás, pode ser alcançar sem grandes sacrifícios e restrições, basta fazer uma reeducação alimentar, com uma alimentação equilibrada, comendo em intervalos regulares de tempo, sem “pular” refeições, com uma variedade de alimentos, sobretudo verduras, legumes e frutas, evitando frituras, refrigerantes, alimentos gorduroso e outros. Sem excessos e com muita boa vontade e dedicação - sem ser muito restrito, pois não é preciso deixar de lado completamente aquilo que gostamos, mas sendo mais moderados - podemos mudar nossos hábitos alimentares, sermos mais saudáveis e, ainda assim, ter prazer ao nos alimentarmos, pois, sem sombra de dúvida, comer é uma das melhores coisas que existem.