(imagem retirada da internet)
Hoje
vamos conhecer duas famílias da bíblia, duas famílias com experiências
diferentes, histórias diferentes, vidas diferentes, afinal nenhuma família é
igual.
A
primeira família:
I Samuel
1:11
Nós
já conhecemos a história. Ana era casada com Elcana, que também tinha por
esposa a Penina (pois naquela época os homens podiam ter mais de uma esposa).
Penina era fértil e por isso dava filhos a Elcana, mas Ana era estéril e por
isso não dava filhos a Elcana. No entanto Elcana amava a Ana mais que a Penina
e oferecia sacrifícios em porção dupla por ela (v.5).
Essa
era uma família desestruturada Penina irritava Ana exibindo seus filhos. Elcana
vivia dividido no meio de duas mulheres. Ana era frustrada por ser estéril. Uma
família ferida, sem relacionamentos estabelecidos.
Em
meio a toda essa situação Ana se coloca diante do Senhor, pois ela entendeu que
somente Ele era capaz de resolver os seus problemas pessoais e familiares.
Ana
pede a Deus um filho e faz um voto de devolvê-lo ao Senhor.
Um
voto extremamente fácil. Como pode ser fácil fazer um voto de entregar um
filho? Alguém pode perguntar. Afirmo que para Ana foi fácil, pois ela apesar de
querer muito um filho não sabia o que era o relacionamento entre mãe e filho.
Ana não sabia o que era amar um filho seu, gerado por ela, dentro de seu
ventre. Ana não tinha filhos, ela não sabia o que era sentir dor quando um
filho se machuca, ela não sabia o que era ficar acordada quando um filho tem
febre a noite toda, ela não sabia o que era ficar preocupada com o filho
adolescente que não chega em casa na hora que combinou. Ana não era mãe, nunca
tinha vivido um relacionamento mãe e filho, por isso fazer esse voto foi fácil.
I Samuel
1: 24 até 28
Agora
tudo muda, pois fazer o voto foi fácil afinal Ana não sabia o que era ser mãe.
No entanto passaram-se aproximadamente 7 anos. Agora Ana sabe o que é ser mãe,
ela estabeleceu relacionamento com seu filho Samuel, ela o ama com amor de mãe,
esteve ao seu lado por todos os dias durante esses 7 anos. Como cumprir o
voto??? Que dor entregar um filho, que dor não estar ao lado de seu filho, que
dor não ter notícias de um filho, que dor só poder ver seu filho uma vez por
ano.
Porém
Ana sabia que Samuel não era seu. Ana sabia que Samuel pertencia ao Senhor. Ana
sabia que apesar da sua dor o melhor lugar para o seu filho estar era no centro
da vontade do Senhor. Por isso, mesmo com dor Ana entregou o seu filho ao
Senhor.
I Samuel
2:18 até 21, 26
Porque
Ana entregou seu filho ao Senhor, Samuel cresceu na presença de Deus. Samuel
desde cedo aprendeu a ouvir a voz de Deus e colocar em prática os princípios da
Sua Palavra.
Vamos
agora ver a segunda família:
I Samuel
2:12 até 17, 22 até 25
Esse
texto fala de outra família, uma família sacerdotal. Eli pertencia a Tribo de
Levi, todos nascidos da descendência de Levi eram sacerdotes, eram dedicados ao
trabalho do Senhor, nasciam debaixo da unção de servir a Deus. Hofni e Finéias
eram os filhos de Eli. Nasceram e cresceram diante do ministério sacerdotal de
toda a sua casa. Hofni e Finéias viviam no santuário, conheciam tudo a respeito
das cerimônias, da lei do Senhor, mas fizeram mal aos olhos do Senhor.
Eli
sabia da situação de seus filhos, e não fez nada além de uma simples conversa.
Eli poderia ter disciplinado seus filhos, mas apenas falou e seus filhos não
lhe deram ouvidos.
O
que me chama atenção é que não existe nenhum registro sobre a mãe de Hofni e
Finéias, afinal todo filho tem pai e mãe, Eli não fez os filhos sozinho. Então
onde estava a mãe de Hofni e Finéias??? Será que essa mãe não percebeu algo
estranho no comportamento de seus filhos??? Será que essa mãe não percebeu
nenhuma mudança, algo diferente em seus filhos??? Será que essa mãe não
conhecia seus filhos??? Quem era a mãe de Hofni e Finéias???
Precisamos
parar e pensar “que tipo de mãe temos sido para nossos filhos???”
Nossos
filhos têm mais de 1000 amigos no Facebook, conversam com pessoas na internet que muitas vezes
nunca viram pessoalmente, fazem confidencias, estabelecem relacionamentos e
muitas vezes nós como mães não sabemos nem mesmo a cor preferida ou o estilo de
roupa que eles gostam de usar.
Como
mães, como pais não conhecemos nossos filhos. Damos a luz a crianças lindas
amamos, ensinamos, estamos juntos, e quando percebemos tem um estranho no lar e
não conhecemos mais nossos filhos.
Vivemos
numa sociedade que desvaloriza a família. Nos tempos modernos os
relacionamentos virtuais são mais valorizados do que o momento de sentar-se à
mesa em família e não somente fazer a refeição juntos, mas também conversar,
dialogar sobre detalhes do dia a dia, vitórias, lutas... A vida tem passado
depressa e muitas vezes atropelando as famílias.
Onde
estão as mães desta geração???
Que
tipo de mãe temos sido e que tipo de filhos temos gerado???
Essa
é uma geração que precisa de mães como Ana para gerar filhos como Samuel.
Chega
de mães sem nome, sem postura, mães permissivas que se curvam aos caprichos dos
filhos. Chega de mães que não perguntam a Deus qual a vontade Dele para a vida
de seus filhos.
Chega
de filhos como Hofni e Finéias que envergonham os pais, que desonram Deus e sua
casa, que pecam descaradamente só para satisfazerem os desejos da sua alma.
Precisamos
de mães com Ana que não apenas fazem votos, mas que cumprem seus votos apesar
da dor, mães que se dedicam aos seus filhos mesmo não estando 24 horas por dia
ao lado deles.
Precisamos
de mães que entendem que o melhor lugar para seus filhos estarem é no centro da
vontade de Deus. Precisamos de mães como Ana que entendam que seus filhos
pertencem ao Senhor.
Precisamos
de filhos como Samuel, filhos obedientes, que fazem aquilo que seus pais
determinam sem questioná-los. Precisamos de filhos como Samuel, filhos que
honram, filhos que entregam suas vidas ao Senhor e tem amor pelos princípios da
Palavra de Deus.
Seja
uma mãe como Ana para gerar uma geração de filhos como Samuel.
Beijos no seu coração
Apa. Isabel Ramalho